Degradê

Quando for azul piscina,
E abrir os olhos de quem dormira,
De quem pensava em quem não se importava,
De quem amara mais que devia.
Até dourar os brancos ares
De formas indevidamente devidas
E aquecer a pele gelada
De uma noite recém acabada
Que eu não achei que acabaria.

Quando o azul celeste,
Ilumina de leste a oeste,
Já no meio de tanta agonia
Eu sinto saudade da paz
Da paz que você me trazia.
Até que eu encontro algo mais
Algo melhor do que você oferecia
E proponho-me a deixar para traz
Quem já me deixou para traz um dia.

Quando levemente amarelada
Encontrando-se a alma cansada
De tantas verdades-mentiras
É necessário ter calma
Para escolher a melhor alternativa.
Até que o vermelho se perca
E sem uma explicação suscinta
Deixar que a beleza dê lugar à tons de cinza

Quando escuro o suficiente
Para não enxergar à frente;
Apenas ver com os olhos da mente,
Lembre-se que sempre existe alguém
Que caminha ao lado da gente;
Que sempre esteve lá
E que sempre te apoiará,
Quando tudo for azul,
Quando tudo torna-se negro.

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