2010!

Imagino que um dos questionamentos mais frenquentes seria: O que você pretende em 2010?

Engraçado, final de ano é sempre cheio de expectativas e promessas pro ano seguinte, traçamos metas e pensamos em tudo que vivemos no ano que está findando.
Eu, que não sou muito diferente da maioria, estou com esperanças. Espero que 2010 seja um ano de mudanças e principalmente de atitudes.
Não tenho medo do ano que está pra começar, ao contrário. Espero por ele ansiosamente!
E o que eu espero do mundo?
Espero compaixão, educação, simpatia, inteligência e criatividade.
Quanto mais avançamos, quanto mais modernos ficamos, mais esses valores são admirados e procurados.
Vamos sorrir mais, falar mais, chorar mais, dançar mais, viver mais!
Deixemos a verdadeira essência de viver nos conquistar e nos deixar envolver.
Vamos dar valor às pessoas ao nosso redor, se olharmos em volta, poderemos ver o quão sortudos somos por tê-las conosco.
Acima de tudo, valorize a vida.

Que venha 2010!!!

SMS

"Taiane, a moto não foi roubaba, eu que saí nela.
Beijos, não demoro"

(...)

Então é Natal...

O Natal é dia vinte e cinco mas começamos as felicitações desde o dia vinte e quatro, estava chegando em Parintins, não havia dormido direito na viagem e a minha manhã de véspera de Natal foi cheia de olheiras, sorrisos desajeitados e força... Sim, força, porque carregar mais de dez volumes de bagagens, sacolas, caixas etc.. não é mole não... Me desperto então com a notícia de que tenho que voltar a trabalhar, sigo para a gráfica e sou recebido com brincadeirinhas, abraços e serviços.
É engraçado como todo mundo deixa para comprar os presentes no ultimo instante, isso realmente me complica, gente querendo serviços, que normalmente demoram vinte e quatro horas para aprontar, em meia hora; mas enfim, tudo ocorreu bem.
Serviços prontos, fechamos a gráfica e recebo a segunda parcela do décimo terceiro. Fui em casa, olho para baixo da árvore de Natal e não vejo nenum presente.
Natal sem presentes não é Natal!
Fui na loja de roupas... e encontro minha mãe lá... aproveito para pedir uma bermuda e compro duas camisas.
Vou para a Ceia da família da minha mãe... Comemos, rimos, e fazemos todo aquele blábláblá que toda família faz numa ceia de Natal. Vou na casa de uma amiga e combinamos para ir numa festa depois da ceia...
Sigo para a Ceia da Família do meu Pai... Os mesmos procedimentos, dou boa noite pra todos e desejo um feliz natal, convenço minha irmã e prima a irmos na festa juntos.
Minha irmã sem carteira de habilitaçao nos leva no carro da mãe e conseguimos chegar vivos ao Rancho Taperebá.
A festa? eu curti... tinha dois palcos que ficavam alternando entre si, o DJ tinha um bom repertório e tocou variados estilos de música e, para finalizar a noite de natal com chave de ouro, estava na companhia de gente querida, legal e divertida. Ficamos lá até às quatro da manhã, quando a carruagem virou abóbora e voltamos para casa cansados.
Hoje, dia vinte e cinco, o autêntico Natal, acordei tarde e dormi mais um pouco, almocei e vim pra frente do computador, mais emocionante não podia ser meu dia... As ruas da cidade estão literalmente desertas e tá todo mndo de ressaca da farra de ontem, os presentes continuam debaixo da árvore, torcendo para serem abertos. Minha avó ganhou um microsystem do japão com musicas japonesas e tá tocando até agora num volume que chega a mais de quarenta decibéis. Mais Nada a declarar

Feliz natal a todos!

As cores da Amizade.

Estava eu pensando, se para cada sentimento houvesse uma cor, qual seria a cor da amizade?
Seria correto colorir o amor que sentimos um pelo outro de vermelho,
A vontade de ver o próximo bem de verde,
Ou a ótima sensação de ao menos estar perto de um amigo de lilás?
Se branca é a cor da Paz, responda-me quem tiver coragem, Qual é a cor da Amizade?
Azul, representando a imensidão de um sentimento tão puro?
Dourado, para representar um sentimento tão valioso?
É verdade, os amigos valem ouro, mas quem teria a ousadia de, um dia, pintar a amizade de preto?
Uma cor tão profunda, que muitos a definem por tristeza, mas que definiria com certeza, a mistura de sentimentos que só verdadeiros amigos sentem.
A amizade não tem cor, senão a mistura de todas elas, porque é impossível ser amigo sem rir, brigar, brincar ou ser feliz, é impossível ser amigo sem que haja amor, calor e uma grande consideração.
Amigos não são feito de cores, são feito de atos, virtudes e um boa dose de nada mais nada menos que amizade.

(Tiago Kimura Bentes)

Vestibular UEA - Parte Dois

É realmente bom ter a sensação de que tudo pode dar certo.
O dia até parecia mais radiante e a sensação de ter uma boa pontuação na primeira prova me induzia a ter mais confiança para a segunda etapa.
O mesmo combinado do dia anterior, fechamos a gráfica às onze e meia e uma hora depois eu já estava no Centro Educacional Infantil Ryota Oyama, desta vez não havia esquecido nada.
Converso com alguns amigos na entrada e comparo resultados, o sinal toca e cada um segue para sua sala.
Vejo os mesmos rostos do dia anterior e sento-me novamente na (desconfortável) carteira vinte e um, a qual possuia um adesivo com meu nome, identidade e numero de inscrição.
Um ultimo sinal toca e as duas fiscais fazem todo aquele procedimento clichê - que mais parecem aquelas falas decoradas de toda aeromoça, abrem o pacote com as provas, entregam o cartão-resposta desejam "Boa Sorte" e retruco com um "Seja o que Deus quiser".
Desta vez a prova era de Conhecimentos Epecíficos e Redação.
Passei a manhã lendo sites como G1, jornais internacionais traduzidos, procurando temas atuais para me preparar para essa redação. E acabei me surpreendendo com o Tema.
No final do Caderno de provas, haviam dois textos para termos uma base do que escrever e o tema: Infância, Infâncias.
Havia gostado, muito melhor do que Barack Obama, Pré-Sal e outros temas que todos sabem o que é, mas ninguém sabe explicar.
Começo fazendo a redação, rabisco alguma coisa no rascunho e tento organizar minhas idéias.
O silêncio era rompido por um ensurdecedor tic-tac que acredito só eu ter ouvido, pois ninguém demonstrava se incomodar com o irritante barulho que invade nossa mente e atrapalha suas redações.
A redação toma início e a inspiração vai embora, resolvo iniciar as questões de Língua Portuguesa, já que as de Matemática e Física só iriam complicar mais ainda a minha cabeça.
Termino a parte de Português e resolvo voltar pra redação, até então, já havia me habituado com os ruídos do relógio de parede, o calor excessivo e a carteira vinte e um.
Frases predefinidas como "as crianças estão cada vez mais adultas" não deixram de rechear o meu longo-curto texto dissertativo.
Matemática e Física não preciso nem comentar.

-Que horas sai o Gabarito? perguntei de um amigo, já depois de ter acabado a prova
-Seis Horas

Desta vez já sabia que a fome viria logo após a prova e não pensei duas vezes em ir lanchar.
Vou na casa de uma amiga, jogar conversa fora e comparar pontuações.

-Que horas são?
-Cinco...

Estava atrasado pra gráfica, me despedi e segui para onde passo a maior parte do meu dia.
Sem muitos clientes, fiquei desde às cinco e meia checando o site da prova para conferir o gabarito.
Estava mais nervoso que antes, e qualquer cliente que atendia percebia o quanto eu queria ter ido bem na prova.

Dezessete.
Foram quantas questões eu acertei dentre as trinta e seis que me aterrorizavam a cabeça.
Não tinha ido bem, e tinha noção disso.
Porém, mais uma vez fui o que obteve a maior pontuação, comparando com os outros funcionários.

Ainda tem os pontos da redação e o resultado só sai dia cindo de janeiro...
A esperança é a ultima que morre, né?

Vestibular UEA - Parte Um

O dia começa mais cedo que o normal, parece até que as horas resolveram passar mais rápido só pra mim ter aquela sensação de não ter dormido direito.
Acordo. Vou trabalhar.
Era dia de Vestibular e a gráfica já estava agitada, íamos fechar às onze porque todos os funcionários deveriam estar meio dia no local da prova. Atendo uns clientes aqui, outros ali e imprimo meu cartão de confirmação. Saio da gráfica às onze e meia, já às pressas, para almoçar e ir fazer a minha prova, desta vez a Escola não era tão longe.
Saio meio dia e quinze de casa e, a um quateirão do meu destino, lembrei de ter esquecido minha caneta.
Voltei.
Peguei a caneta e lembrei da identidade e do cartao de confirmação também.
O telefone toca, era minha amiga querendo que eu imprimisse o cartão de confirmação dela.
Depois de alguns segundos de insistência, imprimo e seguimos juntos para onde já deveríamos estar ha meia hora.
Entro na minha sala, vejo alguns rostos conhecidos e dirijo-me até a carteira vinte e um.
Por falar em carteira, que deveria ser chamada de "mesinha", que diabos de carteira era aquela? Descobri que a escola onde acontecera o vestibular lecionava apenas para o ensino fundamental. O que isso significa? Desconforto para garotos com mais de um metro e setenta como eu, que tinham que fazer um verdadeiro show-de-contorcionismo para sentar ou simplesmente permanecer sentado.
Sigo o meu tradicional ritual de vestibulares e, então, abro a prova acreditando que qualquer resposta que eu marcasse seria a correta. O tempo passa devagar, o vento jogado por cinco ventiladores distribuídos pela sala cheia de cartazes do "bêabá" disfarçava o calor típico da cidade, e o desconforto que me obrigava a ficar mudando de posição toda hora contribuíram para que minha atenção fosse desviada para as pessoas que passavam do lado de fora.
Acabo a prova e vou direto para casa, já eram quase cinco horas e o combinado era d'eu voltar às quatro para a gráfica.
Pensar nunca tinha me dado tanta fome, encomendo algumas besteiras para comer na gráfica mesmo e o resto do dia foi um nervosismo só.
Até que o gabarito foi divulgado.
Peço licença dos clientes, pego o rascunho da minha prova e confiro o resultado lentamente para não cometer erros.

- Um-Á; Dois-Bê...
-Já é o gabarito da prova? -interrompe uma cliente
-Sim... Também fez?
-Fiz... Posso conferir a minha com você?

Não pude negar, estava sentindo a mesma ansiedade que ela ha minutos atrás.
Conforme vamos conferindo nosso desempenho, um pequeno sorriso brota da minha boca.

-Quarenta e duas questões...! Acertei quarenta e duas!

Era cinquenta por cento das questões, nada mal pra quem não tinha se preparado. A cliente simpática, que eu esqueci de perguntar o nome, deu-me os parabéns e foi embora sem falar sua pontuação.
Os outros funcionários conferiram suas provas e eu fui o que obteve a maior pontuação.
Fiquei realmente feliz por não ter ido mal na primeira etapa, resolvi dar a notícia aos meus pais.

-Acertei quarenta e duas...
-Isso aí meu filho! Vamos sair para incher a ca... Para lanchar meu filho! Vamos sair pra lanchar!

Mas ainda havia outra etapa...

A Paz.

- Sabe qual o Objetivo da guerra?
-Ganhar?
-A Paz...

(...)

Só pra constar.

Eu tenho os melhores amigos que alguém pode imaginar.

Obrigado.

Dejan Petković.

Assistindo Futebol.

-Quem é Petkovic? - Pergunta minha mãe depois de observar diversas bandeiras na torcida.
-Não sei não, mãe.
-Dever ser algum Patrocinador...

(...)

Domingo Rubro Negro

Eu e minha mãe em casa, meio dia, calorzão.
"-Vamos almoçar fora?" Sugeriu minha mãe me expulsando do computador.
Decidi não recusar o convite (lê-se intimação), já que os dotes culinários dela nao são lá os melhores.
Ao sair de casa tomo um susto com o que vejo.
Bandeiras, camisas, taxistas, carros, tudo-que-se-pode-imaginar do Flamengo.
Ligamos o rádio pensando em nos distrair um pouco e PÁ!, o hino do tão cogitado (lê-se maldito) time nos perseguia durante todo o trajeto até a churrascaria.
"Eu teria um desgosto profundo, se faltasse o Flamengo no mundo", e a musiquinha ficou na cabeça.
Eu nem gosto de futebol, sério, não entendo absolutamente nada de "Segunda Divisão", "Linha de Rebaixamento", "Escanteio", "impedimento", muito menos aquele "ranking-de-cavalos-de-corrida" que aparece no Fantástico, mas a cidade estava tão agitada devido ao jogo, que resolvemos assistir também.

Pegamos um filme, assistimos, e quando terminamos, o jogo já estava nos quinze do segundo tempo.

-Quem é esse? é o técnico, é?

Minha mãe perguntava sem resposta. também não entendia nada. Só sabíamos que estava um a um...
O flamengo faz mais um gol... Ouço fogos de artifício e um alvoroço na vizinhança.
Olho para o placar, o relógio marcava quarenta e seis do segundo tempo.

-Mas o jogo não vai até quarenta e cinco?

Dessa vez fui eu no meu fútil e ingênuo pensamento.
O jogo acaba.
Mais fogos de artifício.
Mais gritaria na vizinhança.
Provavelmente uma passeata está se organizando agora.
Parabéns Flamengo por ter vencido esse jogo. Porque se você perdesse, provavelmente toda Parintins (e acredito que terça parte da população mundial) estaria extremamente decepcionada contigo.

A diferença entre Pedir e Informar.

Pedir.

-Mãe, posso ir num aniversário?
-Não.
-Mãe, é um aniversário, não posso faltar...!
-Pode sim, você trabalha amanhã, esqueceu?
-Só vai ter outro aniversário no outro ano!
-Você nem tem prsente!
-Minha preença é um presente! Quem não gostaria de passar o aniversário com os amigos!
-Você está me enrrolando!
-Eu estou me atrasando, já era pra estar tomando banho...
-Tá Okay, quero você em casa às dez!
-Tudo bem, onze meia eu tô de volta...

Informar:

-Mãe, vou num aniversário hoje.
-Okay, não demore.

(...)

A Seresta

Como posso iniciar meu depoimento sobre como foi a seresta...?
Estávamos todos empolgados para ir. Haviam sete pessoas num carro que só cabiam cinco, e na conversa, nem senti a perna adormecer com o peso da pessoa que estava no meu colo. Deixamos o carro no estacionamento improvisado da colega-de-trabalho-da-minha-mãe, compramos uma mesa e alguns ingressos.
Noventa e Seis era o número da mesa de plástico branca para quatro pessoas, pegamos (lê-se roubamos) mais cadeiras e quem adentrava na seresta tomava um susto ao ver uma mesa com tanta gente ao redor. Pedimos quatro cocas-em-lata e nos embebedamos de piadas, brincadeiras e bolero.

"-Vamos dançar?"

Ousei convidar meu amigos para arriscar algo que imaginava fazer só depois dos meus quarenta anos.
Sem muita insistência, eles toparam, e lá fomos nós para o meio do salão.
Dancei o que eu sabia e o que acabara de inventar,
tinha gente que fazia passos de tango-misturado-com-valsa, e outros que mandavam muito bem no inrrolation, e eu lá, dançando com minha amiga um dois-pra-lá-dois-pra-cá que, de tão repetitivo, dava tonturas...
Depois de umas três ou quatro músicas, voltamos para a mesa, conversamos, rimos, tomamos mais coca.
As letras das músicas eram as melhores. Frases como : "Eu não presto, mas eu te amo", "Eu não sou cachorro não" embalavam os mais de não sei quantos idosos/velhos-garotões que estavam empolgadíssimos fazendo uma performace que mas parecia ter sido ensaiada semanas antes.
Até que me convidam para dançar. Uma senhora, amiga da miha mãe...
Conduzo-a até a pista de dança e, em meio a pisões, e desajeitados erros, recebo elogios da senhora simpática que eu não sei o nome.
Ela desiste de me ensinar a dançar corretamente e eu volto para a mesa, aturando piadinhas e risos...
Ficamos nesse dança-não-dança até umas quatro horas da manhã, quando o sono foi mais forte que a agradável sensação de estar em volta de gente legal e divertida. Decidimos ir embora.
Minha mãe pega o carro no estacionamento, dá um forte abraço na sua colega de trabalho e vai embora.

-Foi legal a festa, né?
-É... Alguém pagou o estacionamento?

E fomos o camino inteiro rindo do calote dado sem querer pela minha mãe...

Sufoco...

Não vi melhor adjetivo para definir a minha semana tão corrida...
Trabalhos escolares impossíveis de serem feitos em vinte e quatro horas surgiram do nada e se mesclaram com serviços complicados na gráfica, contribuindo mais ainda para que eu esquecesse o significado da palavra tempo.
Não podeira ficar pior, né?
Mas ficou.
Resolveram reformar a gráfica e fico o dia inteiro respirando um cheiro de tinta-que-dá-dor-de-cabeça. O ar condicionado da gráfica pifou... E se você acha que quarenta graus é quente, aqui faz quarenta e um...
O que salva meu dia é que a semana tá passando, consegui entregar meus trabalhos, e fazer meus serviços da gráfica...
Daí chega a segunda e começa tuudo denovo..