Vestibular UEA - Parte Dois

É realmente bom ter a sensação de que tudo pode dar certo.
O dia até parecia mais radiante e a sensação de ter uma boa pontuação na primeira prova me induzia a ter mais confiança para a segunda etapa.
O mesmo combinado do dia anterior, fechamos a gráfica às onze e meia e uma hora depois eu já estava no Centro Educacional Infantil Ryota Oyama, desta vez não havia esquecido nada.
Converso com alguns amigos na entrada e comparo resultados, o sinal toca e cada um segue para sua sala.
Vejo os mesmos rostos do dia anterior e sento-me novamente na (desconfortável) carteira vinte e um, a qual possuia um adesivo com meu nome, identidade e numero de inscrição.
Um ultimo sinal toca e as duas fiscais fazem todo aquele procedimento clichê - que mais parecem aquelas falas decoradas de toda aeromoça, abrem o pacote com as provas, entregam o cartão-resposta desejam "Boa Sorte" e retruco com um "Seja o que Deus quiser".
Desta vez a prova era de Conhecimentos Epecíficos e Redação.
Passei a manhã lendo sites como G1, jornais internacionais traduzidos, procurando temas atuais para me preparar para essa redação. E acabei me surpreendendo com o Tema.
No final do Caderno de provas, haviam dois textos para termos uma base do que escrever e o tema: Infância, Infâncias.
Havia gostado, muito melhor do que Barack Obama, Pré-Sal e outros temas que todos sabem o que é, mas ninguém sabe explicar.
Começo fazendo a redação, rabisco alguma coisa no rascunho e tento organizar minhas idéias.
O silêncio era rompido por um ensurdecedor tic-tac que acredito só eu ter ouvido, pois ninguém demonstrava se incomodar com o irritante barulho que invade nossa mente e atrapalha suas redações.
A redação toma início e a inspiração vai embora, resolvo iniciar as questões de Língua Portuguesa, já que as de Matemática e Física só iriam complicar mais ainda a minha cabeça.
Termino a parte de Português e resolvo voltar pra redação, até então, já havia me habituado com os ruídos do relógio de parede, o calor excessivo e a carteira vinte e um.
Frases predefinidas como "as crianças estão cada vez mais adultas" não deixram de rechear o meu longo-curto texto dissertativo.
Matemática e Física não preciso nem comentar.

-Que horas sai o Gabarito? perguntei de um amigo, já depois de ter acabado a prova
-Seis Horas

Desta vez já sabia que a fome viria logo após a prova e não pensei duas vezes em ir lanchar.
Vou na casa de uma amiga, jogar conversa fora e comparar pontuações.

-Que horas são?
-Cinco...

Estava atrasado pra gráfica, me despedi e segui para onde passo a maior parte do meu dia.
Sem muitos clientes, fiquei desde às cinco e meia checando o site da prova para conferir o gabarito.
Estava mais nervoso que antes, e qualquer cliente que atendia percebia o quanto eu queria ter ido bem na prova.

Dezessete.
Foram quantas questões eu acertei dentre as trinta e seis que me aterrorizavam a cabeça.
Não tinha ido bem, e tinha noção disso.
Porém, mais uma vez fui o que obteve a maior pontuação, comparando com os outros funcionários.

Ainda tem os pontos da redação e o resultado só sai dia cindo de janeiro...
A esperança é a ultima que morre, né?

4 comentários:

Flá disse...

Há, eu te disse pra pensa positivo =)

Tai :D disse...

Se não fosse o ENEM, tu passava... certeza absoluta, mas enfim...
Impossible is nothing, baby!

FazerDinheiroDigital.blogspot.com disse...

fez pra que curso veio?

TK disse...

Engenharia ...

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