Com os ultrarromânticos aprendi que a morte pode ser fascinante. Ao mesmo tempo que é um meio de fuga, diga-se de passagem que covarde, pode ser um ato nobre para que a dor amenize, Logo a aceitação da morte é sinônimo de que a pessoa não é egoísta. Só que os respectivos poetas da segunda geração não mostram como a morte pode nos deixar com o coração ofegante e a pupila dilatada por longos segundos, principalmente se a vítima dela estava bem há 2 meses atrás.
dia 31 de março de 2010, um personagem jovem e magricela da rua joão meireles leva metade das minhas lembranças consigo. Indiretamente, ele me fazia lembrar da 'aurora da minha vida, da minha infância querida' - como dizia Casimiro de Abreu-.
Um choque! Um choque por sua idade... tão jovem, com muitas ambições a serem realizadas. Mas não é isso que preocupa, e sim as lágrimas que seus entes queridos derramam neste momento.
Você compartilhava comigo alguns olhares que diziam a mesma coisa: eu sei que você lembra que eu participiei de alguns poucos dias de sua infância. Não era meu colega, tampouco meu melhor amigo, mas era parte de uma rotina criada quando naquele lugar eu chegava... é, você que me recebia, sempre na frente da casa de minha vó. E talvez, beem talvez, você fosse o único que soubesse me explicar da carta que recebera em minhas mãos...
Agora eu sei que te encontrava em quase todo lugar que andava por lá porque eu tinha que guardar imagens recentes de ti. Provavelmente você já recebeu o carinho de meu avô, que inveja... Se cuida, e de onde estás cuida de tua família, principalmente de tua mãe, aquela rosa avermelhada e uma das mais apreciadas no mundo, e por ti.
para que eu me sinta bem, foi necessário compartilhar algumas palavras.
Parabéns Tiago (30/03)
Parabéns vó (31/03)
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